Vigararia Porto Poente
Em 1962, um grupo de alunos do Seminário Maior do Porto guiou nos Bairros da Pasteleira e Rainha D. Leonor a comunidade cristã existente, começando a dar os primeiros na criação da Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda. Tudo começou com a celebração da primeira Eucaristia no recreio da escola primária que servia a população, onde as crianças também receberam a primeira catequese.
Fruto desta experiência a população demonstrou vontade de ter consigo um pároco residente, deslocando-se ao passo episcopal para o solicitar, nas pessoas de Cacilda Dara, Branca Macedo, Dr. Jorge Cunha e António Leites.
A Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda, enquanto entidade dotada de autonomia surge em 22 de Janeiro de 1967, por decreto de Dom Florentino de Andrade e Silva, Administrador Apostólico da Diocese do Porto. No ano pastoral de 1965/66 inicia-se na paróquia a construção da Igreja Paroquial em terrenos confinantes com o Bairro da Pasteleira, por iniciativa da Câmara Municipal do Porto. A inauguração do novo templo, de linhas simples e modestas mas claramente acolhedor, ocorreu em 29 de junho de 1966.
Na origem da capela da Ajuda encontram-se raízes locais de ligação com as actividades marítimas, desde a construção naval, à pesca e até ao comércio. A construção de uma capela neste lugar dava a oportunidade aos operários e marinheiros de puderem pedir protecção divina e agradecer o regresso a bom porto, das suas viagens para o alto mar.
Desta forma, a localização da capela da Ajuda torna-se conveniente pela sua proximidade com o estaleiro, podendo assim os operários satisfazerem todos os preceitos religiosos, outrora mais urgentes.
Contudo, a história nem sempre se encontra documentada, o que impossibilita datar com exactidão o ano da construção da Capela da Ajuda, transpondo a sua origem para uma enigmática dúvida.
Não se sabe ao certo quando começou a devoção ao Senhor e à Senhora da Ajuda (Padroeiros da Paróquia). Apenas se sabe que, normalmente, à história real está sempre associada uma lenda. E este caso, em nada é diferente. Reza a história que Nossa Senhora apareceu em sonhos a uma mulher de um marinheiro de Miragaia – Catarina Fernandes – ordenando-lhe que fosse a uma fonte que ainda hoje existe, a pouca distância do lugar da capela, e que veria uma pomba branca e uma pequena imagem Sua.
Confiante nos desígnios de Deus, a mulher afervorou a sua devoção a Nossa Senhora e certa manhã, após um segundo sonho, foi à misteriosa fonte.
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